quinta-feira, 9 de julho de 2009

Meu Ódio Será Sua Herança

Os três editores associados deste blog pedem para esta eminência parda que vos fala que discorra sobre um dos filmes que inspirou esta publicação e o qual empresta não apenas a imagem ao avatar, mas o seu espírito ( no sentido Hegeliano, é claro!) , bem como o sentido literal da tradução do título em português. Meu Ódio Será a Tua Herança ( The Wild Bunch, EUA, 1969) do diretor Californiano Sam Peckinpah se passa em 1913 durante a Revolução Mexicana e abrange o final de um período da história americana chamado Velho Oeste.
O filme aborda a trajetória de um bando de veteranos foras da lei que se hospeda em uma cidade mexicana para assaltar o escritório da empresa ferroviária do local. Durante o roubo, seus integrantes são surpreendidos por um grupo de também veteranos caçadores de recompensa, levando-os a fugir para uma pequena vila natal de um dos membros do bando. Lá eles são convencidos a lutar ao lado de seus moradores contra as forças do governo mexicano.
A película traz os experientes atores William Holden, como o líder dos fora da lei, Ernest Borgnine, como um dos seus parceiros, e Robert Ryan, como o chefe do grupo de mercenários. Aliando velhos clichês do gênero com uma violência levada ao extremo, marca da estética de Peckinpah - que influenciaria outros realizadores como Quentin Tarantino -, Meu Ódio Será a Tua Herança utiliza inovadores padrões técnicos como ângulações anti-convencionais e câmera lenta, estranhos aos faroestes até então realizados.
Apesar do paralelo com os chamados Westerns Spaghetti - faroestes produzidos e dirigidos no mesmo período por italianos como Sergio Leone( Era Uma Vez no Oeste) que traziam a violência explícita como característica -, o filme de Peckimpah mais do que desglamourizar os elementos do gênero os toma como alegoria de como sobreviver com ideais em um mundo brutalizado e violento; como vocês verão, esse será um dos temas que permeará toda a existência deste Blog.

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A baianidade

Esse mal que nos acomete; esse jeito fuleiro de ser; esse berimbau que desafina.